Pesquisadoras constatam nível elevado de alimentos contaminados vendidos em São Luís
Um trabalho realizado pelas pesquisadoras da iniciação científica da Universidade Ceuma, Thalyta de Melo (6º per. Nutrição) e pelas mestrandas em Biologia Parasitária, Andréia Meneses e Larissa Lobão, coordenadas pela professora do Mestrado em Biologia Parasitária, Dr.ª Patrícia Figueiredo, constatou grande concentração de Coliformes Fecais em alimentos vendidos em São Luís. O estudo, que teve início em 2007, recebeu apoio financeiro por meio do edital de Apoio a Projetos de Extensão (AEXT) da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA.
“Esta pesquisa foi desenvolvida com alunos da Instituição e que foram meus alunos de Iniciação Científica e Mestrado, resultando no crescimento profissional dos mesmos também demonstrando a competência e capacidade da Universidade Ceuma na pesquisa”, afirmou a coordenadora da pesquisa, Prof.ª Dr.ª Patrícia Figueiredo.
O estudo foi realizado com alimentos dos principais restaurantes e supermercados na capital maranhense. Carne moída, caranguejo e açaí estão no topo dos alimentos com alto nível de contaminação. Além desses, foram examinadas amostras de alface, sushi, sashimi e garapa, caldo extraído da cana-de-açúcar.
As principais formas de contaminação ocorrem no processo de armazenamento dos alimentos, nos temperos utilizados, na água usada para manipulação e limpeza e, principalmente, no modo de preparo e pós-preparo. “A contaminação é elevadíssima, com presença de patógenos, sendo seis classes da bactéria Escherichia coli, que estão relacionadas com a diarréia. Felizmente, não encontramos nenhuma salmonela”, destacou a pesquisadora.
Para evitar o contágio dos alimentos recomenda-se que a sua manipulação seja sempre feita por pessoas usando toucas, aventais, luvas e máscaras. Verduras, frutas e legumes devem ser lavados e esterilizados antes do consumo. Observar a higiene do local onde se consomem os alimentos e sempre lavar as mãos antes de iniciar qualquer refeição.
A aluna Larissa Lobão afirma que a pesquisa é de grande importância, pois foi obtido êxito no material estudado. Cerca de 100 % das amostras coletadas estavam infectadas, o que gera uma problemática no âmbito da Saúde pública. “Este estudo tem grande relevância, uma vez que pode servir de alerta tanto para os consumidores quanto para quem produz e distribui esses alimentos na cidade. Tanto em ruas, quanto em supermercados. A pesquisa torna-se importante tanto para nós, alunas, quanto para a comunidade, a fim de melhorar a qualidade e processamento desses alimentos”, ressaltou.