Aluno desenvolve aplicativo de orientação nutricional para portadores de intolerância a lactose e alergias alimentares
O aluno José Caldas Gois Neto e o Prof. Dr. Will Almeida
Existem muitas pessoas que não podem abusar da alimentação por problemas de saúde, mas também existem aquelas que precisam excluir determinados nutrientes de sua alimentação por terem intolerâncias alimentares. É mais ou menos como uma alergia: a pessoa não poderá comer porque faz mal. Pensando dessa forma, o aluno do curso de Sistemas de Informação da Universidade Ceuma, José Caldas Gois Neto, supervisionado pelo Prof. Dr. Will Almeida, em parceria com a coordenadora do curso de Nutrição, Prof.ª Me. Rosângela Sousa, elaborou o aplicativo NUSTRIAPP de orientação nutricional destinado às portadores de intolerância a lactose e alergias alimentares.
O Aplicativo foi desenvolvido para atender inicialmente a crianças portadoras de intolerância a lactose e ao glúten. Entretanto, qualquer usuário com restrições alimentares referentes ao consumo lactose e glúten, que possuir o aplicativo em seu dispositivo móvel, poderá utilizar os recursos e identificar tais elementos nutricionais.
O aluno Gois Neto explica que o trabalho se propõe a fornecer informações relevantes aos usuários, facilitando o uso de alimentos restritos ao consumo e buscando proporcionar uma melhor qualidade de vida evitando alguns problemas como os sintomas mais comuns: Distensão e dor abdominal, vômito, flatulência, cólica abdominal, diarreia, prisão de ventre, anemia, irritabilidade, perda ou ganho de peso, atraso de crescimento e dermatite.
“O programa é capaz de realizar a identificação e sinalização de produtos alimentícios que contenham glúten e/ou lactose de maneira a contribuir com a melhoria da qualidade de vida e hábitos alimentares de indivíduos com restrições alimentares”, disse.
Como funciona
O usuário, com o aplicativo já instalado em seu dispositivo móvel, ao adentrar o estabelecimento comercial, inicialmente selecionará qual tipo de restrição alimentar possui, como por exemplo, intolerância à lactose. Uma vez definido o tipo, ele irá escolher certo tipo de alimento, a exemplo do biscoito, e vai realizar, por meio da câmera, a decodificação de uma tag QR (Quick Response) localizada no alimento (já cadastrado) que informará se o produto em questão estará incluso ou não na lista de produtos que contêm lactose. Finalmente, uma mensagem de texto aparecerá no visor do dispositivo utilizado, informando se o produto poderá ser consumido ou não. Neste caso, informará que o produto não deve ser consumido.
O QR Code é uma espécie de etiqueta com um código de barras bidimensional que poderá ser escaneado pelos dispositivos moveis equipados com câmera. Esse código é convertido em texto (interativo), uma imagem, um endereço URL, um número de telefone, uma localização georreferenciada, etc.
“A oferta de uma grande variedade de alimentos veio também acarretar a necessidade de orientação alimentar, área esta em que domina verdadeira guerra de desinformação. A ideia proposta de se usar um aplicativo capaz de realizar a identificação e sinalização de produtos alimentícios usando uma tag QR, é uma forma de promover e garantir a segurança alimentar e nutricional da população. Esta atitude propicia ao consumidor acesso rápido as informações necessárias para que se evite incidentes gastronômicos, notadamente para os portadores de alguma moléstia ou limitação alimentar”, finalizou o professor.