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27 de novembro de 2014, 17:25 - Por Conteudo Digital

Palestra sobre a temática Ebola para os alunos do curso de Enfermagem

Palestra sobre a temática Ebola para os alunos do curso de Enfermagem

Palestra sobre a temática Ebola para os alunos do curso de EnfermagemA África Ocidental enfrenta o maior surto do vírus ebola já registrado desde a descoberta da doença, em 1976. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), trata-se da maior epidemia de febre hemorrágica em termos de pessoas afetadas, número de mortos e extensão geográfica. Pensando em instruir e alertar sobre essa doença grave com alta taxa de mortalidade, o curso de Enfermagem da Universidade Ceuma promoveu uma palestra com o tema “Ebola”, ministrada pelo enfermeiro Flávio Dias Batista. O evento aconteceu nesta terça-feira, 25 de novembro, às 19h, no auditório Expedito Bacelar, no campus Renascença.

O enfermeiro Flávio Dias Batista faz parte da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), tendo participado de um treinamento oferecido pela organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) sobre o manejo do vírus Ebola. Durante a palestra, direcionada para alunos dos dois últimos períodos do curso de Enfermagem, foram abordados os tópicos histórico do ebola, espécies, sustos no mundo, hospedeiro natural, transmissão, transmissão entre humanos, sinais e sintomas, tratamento, novidades pelo mundo, medidas preventivas, educação em saúde, riscos de chegar no Brasil. Ainda apresentou alguns Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e demonstrou o uso.

De acordo com o palestrante os primeiros sintomas podem demorar de 2 a 21 dias para surgir após a contaminação e incluem: febre acima de 38,3ºC, enjoos, dor de garganta, tosse, cansaço excessivo e fortes dores de cabeça. Após 1 semana os sintomas podem se agravar: vômito (que pode conter sangue), diarreia (que pode conter sangue), garganta inflamada, hemorragias, que levam ao sangramento pelo nariz, ouvido, boca ou região íntima; manchas ou bolhas de sangue na pele e alterações cerebrais e possível coma.

A transmissão do vírus Ebola ocorre através do contato direto com qualquer fluido corporal como sangue, saliva, vômito, urina, fezes, sêmen ou secreção vaginal de pessoas infectadas, mesmo depois de mortas. Manipular ou ingerir carne de animais infectados também é uma forma de transmissão do Ebola.

“Os indivíduos que têm mais risco de ser contaminados pelo Ebola são os familiares mais próximos dos infectados, como pais, filhos e cônjuges, e também profissionais de saúde como médicos e enfermeiros, que estão em contato direto com estes pacientes. No entanto qualquer pessoa que esteja em contato com as secreções de um infectado pode ficar doente”, disse o enfermeiro.

Há dois centros de referência para tratar um paciente com ebola que chegue ao Brasil, e é para um desses locais que ele será encaminhado. A Fiocruz, no Rio de Janeiro, e, em São Paulo, o Hospital Emílio Ribas, mas o palestrante não acredita que o ebola poderá provocar uma epidemia no Brasil, mas os serviços de saúde no Brasil precisam estar atentos para identificar os casos suspeitos e as pessoas que tiveram contato com eles.

Para a professora Márcia Veras, responsável pela disciplina Terapia Intensiva, idealizadora da iniciativa, a importância da palestra é justamente preparar os profissionais de Enfermagem para o atendimento na emergência, prestando cuidados, uso de EPIs. “Sabemos que as principais vítimas são os enfermeiros, os médicos, maqueiros, técnicos de laboratório e o técnico de enfermagem. Então, esses são os profissionais que estão mais próximos desse primeiro atendimento antes que seja fechado um diagnóstico e até que sejam diagnosticadas essas pessoas acabam contraindo a doença”, afirmou.

 Flávio Dias Batista ressalta que não há caso suspeito ou confirmado de ebola no Brasil. “O risco do ebola chegar ao país é considerado baixo, já que a doença é transmitida pelo contato direto com sangue, secreções, órgãos e outros fluidos corporais de pessoas ou animais infectados. Diferentemente de outras doenças, o Ebola não é transmitido pelo ar. O Ministério da Saúde recebe, diariamente, informações da OMS sobre a situação da circulação do vírus no mundo. Qualquer caso suspeito, o Brasil irá informar imediatamente à OMS e a comunicação para a população brasileira será sempre transparente”, informou.