Projeto da Universidade Ceuma pesquisará ergonomia do mobiliário escolar
A aluna Sara Carvalho Melo, a Prof. Ana Lourdes Avelar e a aluna Jessica Braga participantes da pesquisa.
O projeto UTN/2015, oferecido pela FAPEMA, em pareceria com a Universidade Ceuma, pesquisará a avaliação descritiva do mobiliário utilizado por alunos de nível fundamental, além do peso da mochila escolar com ênfase no que seria ideal para cada aluno. A pesquisa identificará, ainda, as condições reais que fornecerão as informações necessárias para promover o planejamento de ações para a adequação do mobiliário no ambiente escolar.
Participam dessa pesquisa alunos e professores dos cursos de Fisioterapia e Design da disciplina de Ergonomia. As Profas. Ana Lourdes Avelar, do curso de Fisioterapia e a Profa. Rita de Cássia Carvalho Mattos Rafael, do curso de Design, coordenam a equipe de alunos que desenvolvem o projeto.
“Considera-se boa postura aquela que proporciona equilíbrio dos ossos e músculos, a qual protege essas estruturas que sustentam o corpo de lesões e deformidades progressivas”, explicou a Profa. Ana Lourdes Avelar sobre o conceito de boa postura.
Os problemas posturais quase sempre têm sua origem na infância, principalmente os relacionados com a coluna vertebral. Nessa fase de crescimento as crianças se adaptam a estímulos, e uma boa relação entre as partes do seu corpo proporciona um crescimento harmonioso.
Um dos pontos a ser estudado nessa pesquisa será incompatibilidades entre mobiliário sem ajuste aos tamanhos dos alunos. Esses tamanhos, estão poderão tornar-se estímulos negativos e favorecerão o aparecimento de deformidades que contribuirão de forma negativa na saúde. “A posturas inadequadas das crianças em casa e na escola emsejam desequilíbrios posturais pela alteração na musculatura corporal; manutenção de posturas inadequadas por tempo prolongado gerando tensões e sobrecargas prejudiciais”, esclareceu a pesquisadora.
A fisioterapeuta e pesquisadora, Profa. Ana Lourdes Avelar, explicou a importância da ergonomia no mobliários escolar. “No ambiente escolar tem-se observado uma grande lacuna de aplicações e adequações ergonômicas. A atividade escolar, por não se tratar de uma situação de trabalho, muitas vezes fica à mercê da “causalidade”, ou seja: ainda não existe um critério que lhe atenda nos requisitos de saúde e segurança para a concepção do mobiliário escolar. Este mobiliário deverá ser adequado às dimensões físicas dos alunos, uma vez que o ambiente, além de interferir no processo ensino aprendizagem, irá promover alterações importantes na boa postura. As consequências da postura incorreta manifestam-se através de deformidades na coluna vertebral, facilmente culminando com defeitos estéticos importantes, além de dor de cabeça, dores nos ossos e músculos, irritabilidade, etc. Esses distúrbios irão interferir no aprendizado destes alunos e também em sua qualidade de vida”, declarou.