“O Enade me preparou também para a Residência Médica”
Renata Timbó completa, em dezembro, três anos de profissão. Formada em Medicina na Universidade Ceuma, pode-se dizer que é dessas alunas muito aplicadas. Fez residência em Clínica Médica e outra, mais curta, em Cardiologia. No curso, foi monitora de Fisiologia e presidente da LAGO durante dois anos. Assinou vários trabalhos em congressos pelo Brasil.
Na semana que antecede o Enade, o mais importante parâmetro para medir a qualidade da educação superior no País, Renata fala do exame, da profissão e de sua experiência na Medicina.
- Por que a Medicina?
Primeiro, pela vocação em lidar com a vida, com doentes. E também pelo fascínio do estudo do corpo humano, acertar o diagnóstico era o que mais me fascinava. Eu que já era fisioterapeuta sonhava com a possibilidade de diagnosticar e tratar.
- É uma carreira, digamos, vocacional? Ou é aprendida à base da disciplina e do estudo?
Um pouco dos dois. Sem vocação, imagino que não há como suportar a carga emocional que a profissão carrega.
- Com quase três anos de exercício profissional, qual foi o ponto forte do curso, aquele que lhe deu convicção de que fez a escolha certa?
O fato de já fazer estágios desde o primeiro período me fez sempre ter convicção de que estava no curso certo, aliando teoria e prática.
- Em qual área (ensino, extensão, pesquisa) a Universidade Ceuma agregou mais conhecimento e segurança para você?
No ensino, sem nenhuma dúvida É a base mesmo do aprendizado. As outras são aperfeiçoamentos, complementos. Nada substitui o ensino como meio de conhecer e crescer intelectualmente, cientificamente.
- Foi importante para sua carreira ter feito o Enade?
Sim, sem o Enade não teria recebido o diploma. Importante também porque tivemos dezenas de aulas preparatórias, o que forneceu um conteúdo a mais de revisão. Também foi uma forma eficiente de testar meu desempenho para a prova de residencia que estava por vir.
- O Enade abre portas para novos alunos?
Sim, a nota do curso é fundamental na escolha de um vestibulando.
- Voce considera o Enade um indicador real para quem quer escolher uma carreira?
Com certeza. Cursos mal avaliados afastam novos alunos. Ninguém vai querer frequentar uma faculdade sem credibilidade, sem o aval de critérios objetivos.
- Voce faria o Enade de novo?
Sim, claro. E se fosse o caso de a universidade Ceuma ser avaliada por mim , novamente, faria sem hesitar. Tenho orgulho de ter me formado nessa instituição que me deu toda a oportunidade de me tornar quem eu sou.
- Da vivência da sala de aula para a realidade dos hospitais, do consultório, há situações que indiquem um grande distanciamento entre o que você esperava encontrar e o que, de fato, acontece na sua rotina?
Nós aprendemos a ver a Medicina de uma forma romântica. O distanciamento encontrei nas situações em que lidei com a morte, notícias ruíns. Claro que isso foi treinado na graduação, mas., porém a diferença entre treinar e viver é enorme. Às vezes nos sentimos impotentes. Outra coisa que me fez refletir recentemente foram as aulas de ética médica, pareciam algo tão distantes. Já vivenciei conflitos éticos com casos de morte encefálica (desligar ou não o aparelho? ) , com pacientes de crenças que se recusam a receber uma bolsa de sangue…. Na sala de aula não se imagina enfrentar dramas como esses.
- Voce se considera uma profissional bem formado?
Sim. E já escutei isso diversas vezes. Já ouvi do chefe da nefrologia do Hospital em que fiz residência: a Universidade CEUMA está de parabéns, está formando ótimos médicos, se referindo a mim a a amis dois colegas da residência. Eu dava plantão na UTI com uma professora muito inteligente, exigente e dedicada. Fiquei feliz depois ao saber que ela me elogiou em sala de aula.
- Você acha que se graduar em uma determinada faculdade faz diferença para o profissional ou é mesmo a rotina da profissão que ensina o médico a ser médico?
A faculdade dá o direcionamento e a base para seguir em frente. Acho que o principal diferencial é entrar na residência médica. É lá que se é treinado exaustivamente para a especialidade que se quer seguir. E ser aprovado na residência médica depende das bases adquiridas na faculdade. Então faz sim toda a diferença.
- Pra você o que é ser médica?
É exercer diariamente o sonho de lidar com vidas humanas, o sonho de curar, tratar e fazer o bem ao outro.
- O que voe diria a um jovem que pretende seguir a Medicina, hoje?
Siga seu sonho. Se é um sonho, siga em frente. É um caminho árduo, só com vocação para superar todas as adversidades que a vida de médico enfrenta.
– Que dicas você daria a um enadiano, hoje?
Estude, se esforce para ajudar a faculdade a ter uma nota cada vez melhor. Você ajuda a fazer a universidade que escolheu. E essa universidade ajuda você a ser o profissional que merece e escolheu ser.