Ato marca o Dia Nacional da Luta Antimanicomial
Em comemoração ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial, estudantes do 6º período do curso de Enfermagem da Universidade Ceuma fizeram uma mobilização no sábado pela manhã, 18, no Hospital Nina Rodrigues, no Monte Castelo. O movimento teve como objetivo expressar para a sociedade a importância da humanização no tratamento de portadores de transtornos mentais.
Em comemoração ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial, estudantes do 6º período do curso de Enfermagem da Universidade Ceuma fizeram uma mobilização no sábado pela manhã, 18, no Hospital Nina Rodrigues, no Monte Castelo. O movimento teve como objetivo expressar para a sociedade a importância da humanização no tratamento de portadores de transtornos mentais.
Organizado pelas professoras Ana Patrícia Fonseca Coelho Galvão e Mayara Moura Luz Monteiro, o ato contou com a participação de pacientes do Nina Rodrigues. Segundo a coordenadora do movimento, Profª. Ana Patrícia Coelho, o evento busca mostrar que as pessoas internadas em manicômios representam um grupo vulnerável. “A enfermagem é a profissão do cuidar, e essa foi a forma de tentar sensibilizar os alunos dentre deste Movimento Antimanicomial, que se refere a um processo de transformação dos serviços psiquiátricos”, disse.
De acordo com a coordenadora, essa luta começou há 26 anos, no Brasil. “Em 1987, na cidade de Bauru, em São Paulo, trabalhadores dos grandes hospitais psiquiátricos, não concordando com a forma de tratamento que era dado aos doentes, principalmente em relação à desumanização desses pacientes, escolheram a data de 18 maio, para o dia Nacional da Luta Antimanicomial”, explicou Ana Patrícia Coelho.
Segundo Ana Patrícia Coelho, a grande vitória do movimento, iniciado em 1987, foi a Lei 10.216, sancionada em 2001, chamada de Lei da reforma psiquiátrica. “Essa lei reconhece todo o portador de transtorno mental como merecedor do convívio social e, por isso, essa pessoa só deve ser internada por um tempo tão curto, quão necessário para que seus processos mentais sejam equilibrados”, esclarou Ester.
A Política pública de Saúde Mental é um processo político e social complexo, composto de participantes, instituições e forças de diferentes origens. Acontece em diversos territórios. E com o passar dos anos, começou então a discussão e luta pela implantação de serviços de saúde mental no Brasil.
Somente agora, no final do século XX, a militância por serviços humanizados conseguiu as primeiras implantações de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Em 2001 que a Lei de Paulo Delgado foi sancionada, com ela redirecionou-se a assistência em saúde mental, privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comunitária. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais, mas não institui mecanismos claros para a progressiva extinção dos manicômios.