Dia da liberdade de Imprensa – 7 de junho
Etimologicamente, a palavra imprensa provém do latim imprimere, que significa “apertar sobre, pesar, gravar, marcar”, com o prefixo in-, “em, sobre”. Em virtude da impressão de livros, esta palavra começou a ser usada em referência a essa ação.
A liberdade de imprensa consiste na liberdade de expressão que é uma forma de manifestação da vontade do indivíduo, uma vez que a mesma não transgrida a Ética, ao mesmo tempo em que tem liberdade de vincular notícias e informações.
No Brasil, o início da história da imprensa foi em 1808 em virtude da corte real portuguesa, sendo que qualquer tipo de veiculação jornalística até então era proibida, fossem jornais, revistas, etc. Entretanto, o marco oficial da imprensa brasileira foi em 13 de maio de 1808, no Rio de Janeiro, com a criação da Impressão Régia, hoje, Imprensa Nacional.
O primeiro jornal publicado em território nacional foi a Gazeta do Rio de Janeiro que começou a circular em 10 de setembro do mesmo ano. Entretanto o primeiro jornal brasileiro, Correio Braziliense, foi lançado fora do Brasil pelo exilado Hipólito José da Costa.
O primeiro exemplar foi publicado em junho chegando 4 meses após no Rio de Janeiro, em virtude da censura do governo da época. Somente em 1820, jornais e revistas impressas pela Imprensa Régia tinham licença para circular. Em 1821, com o fim da proibição, surgiu o Diário do Rio de Janeiro.
Anos mais tarde, a imprensa foi alvo de censura durante a Ditadura do Estado Novo, sob Getúlio Vargas e, mais tarde, pelo golpe de 1964.
Durante o regime no Brasil, uma parte da imprensa sofria censura da ditadura e a outra parte resistia. Muitos jornais alternativos eram redigidos por jornalistas de movimento popular ou de orientação política de esquerda e surgiram na época com o intuito de denunciar abusos de tortura e violação dos direitos humanos. Artistas como Caetano Veloso, Chico Buarque e Elis Regina tiveram as suas músicas censuradas pelo Regime Militar.
Após a redemocratização, ainda é possível verificar a presença da censura, seja para proteger um indivíduo seja por casos mais extremos como a persistência do patrimonialismo na cultura brasileira.