Carência de vitamina D é alta em adultos
Coordenadora do Nutrição da Universidade Ceuma, Profª. Helma Veloso
Estudos recentes apontam que grande parte da população mundial tem deficiência de vitamina D no organismo. Geralmente associada à formação de ossos e dentes, o nutriente passou a ter grande importância nos dias atuais, pois estudos importantes têm demonstrado funções muito além daquelas apontadas nos livros didáticos. De acordo com pesquisadores da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, a vitamina D também está ligada à eficiência muscular, por isso a suplementação pode ser necessária.
Segundo a nutricionista Helma Veloso, o papel da vitamina D no organismo é tão importante que médicos e nutricionistas já estão solicitando a seus pacientes que meçam sua concentração no corpo. “A vitamina D também atua nos músculos, que são as únicas estruturas capazes de dar mais estabilidade aos ossos; está associada à perda de gordura corporal, fortalecimento do sistema de defesa do organismo, além de auxiliar na prevenção e tratamento de doenças como a diabetes e a hipertensão. Por essa razão, a vitamina D tornou-se foco de estudos em todo o planeta. É importante verificar a concentração do nutriente no corpo e fazer reposição se for necessário”, destaca.
A vitamina D atua aumentando a absorção intestinal de cálcio e fósforo, reduzindo a reabsorção óssea e aumentando a força e função dos músculos. No intestino delgado, a vitamina aumenta o transporte ativo de cálcio através do intestino, assim como o estímulo do transporte de fosfato intestinal. No osso ela funciona em conjunto com o hormônio PTH (hormônio paratireóide) e estrógeno para regular a mobilização e deposição de cálcio e fósforo.
Helma Veloso explica que a luz solar não é a única fonte de vitamina D. “É importante compreender que a vitamina D também pode ser analisada como um hormônio, já que sua formação ocorre na pele por ação dos raios ultravioleta sobre os precursores 7-dehidrocolesterol e ergosterol que atuam sobre os receptores de vitamina D. Além da luz solar ela pode ser encontrada em certos alimentos (fígado, gema de ovo, peixes gordurosos como sardinha, salmão ou cavala), e leite. Outra forma da vitamina D é a D2, ou ergonocalciferol, porém é pouco disponível nos alimentos e mais utilizada na forma de suplementos”.
A nutricionista ressalta que um adulto saudável precisa consumir, em média, 5 microgramas por dia de Vitamina D e garantir uma exposição à luz solar de 20 minutos por dia, sem o uso de protetor solar.
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A nutricionista Helma Veloso, que também é coordenadora do curso de Nutrição do Uniceuma, destaca que a vitamina D será tema de um curso durante a programação do SLZ Fitness 2013, evento de saúde e bem-estar que acontece de 15 a 19 deste mês, no Campus do Uniceuma no Renascença. O curso Vitamina D: Ações no Metabolismo e suas recomendações será ministrado, no dia 18, pela nutricionista paulista Tarcila Beatriz Ferraz de Campos, mestra em Ciências, com ênfase em Fisiologia Endócrina pela Universidade de São Paulo (USP).
Abaixo tabela com teor de vitamina D (μg) presente em 100 gramas do alimento:
| 100g do alimento | Vitamina D em μg |
| Arenque, fresco, cru | 21,25 |
| Salmão | 11,83 |
| Leite tipo B (3,5% gordura) | 1,0 |
| Sardinha em lata | 7,08 |
| Fígado de galinha cozido | 3,75 |
| Gema de ovo | 2,08 |
| Leite materno | 0,1 |
| Ostra | 0,25 |
| Manteiga | 0,11 |
Fonte: MAHAN e ESCOTT-STUMP (2003), PHILIPPI (2002).