Alunos de Jornalismo realizam mesa redonda com profissionais renomados da área
Para marcar a passagem do Dia do Jornalista, comemorado no dia 07 de abril, a turma do 1º período do Curso de Jornalismo da Universidade Ceuma realizou uma Mesa Redonda sobre o tema “A Responsabilidade Social do Jornalismo – o dia a dia do jornalista”.
O evento aconteceu no dia 07, às 19 horas, no Salão Nobre da Biblioteca Presidente José Sarney, no Campus I, e contou com as presenças dos jornalistas Jacqueline Heluy, diretora-adjunta do Complexo de Comunicação da Assembleia Legislativa do Maranhão; Roberto Souza, diretor de jornalismo da TV Record; Soares Júnior, editor-chefe e apresentador do telejornal Bom Dia Mirante; Wal Oliveira, sócia-proprietária da WComunicação; e Maurício Araya, redator do Imirante. A professora Ingrid de Assis foi a mediadora do debate.
Segundo a Coordenadora do Curso de Jornalismo, professora Selma Cavaignac, a data é importante, pois é um momento onde se faz um resgate da valorização da profissão. É um momento para que se discutam questões que são importantes para a área. “O evento que estamos promovendo visa estimular uma reflexão sobre a responsabilidade social do jornalista, no dia a dia corrido da profissão, como ele tem trabalhado essa questão da responsabilidade. Acredito que, no geral, o dia do jornalista é um dia como outro qualquer para qualquer profissional, pois dificilmente nós temos tempo para parar e comemorar. Contudo acho que, na medida do possível, precisa ser um dia de reflexão e discussão de questões que são importantes de serem resgatadas e debatidas em relação ao exercício da profissão. Também a questão da profissão no mercado de trabalho entre outras”, afirmou.
O editor-chefe e apresentador do telejornal Bom Dia Mirante, jornalista Soares Júnior, disse da importância de checar as informações. “Nós, como jornalistas, temos uma grande responsabilidade perante a opinião pública, a qual é sempre passar as informações da melhor forma possível; por isso o primeiro, passo para quando vamos realizar uma reportagem e produzir algo para a televisão é checar a informação . Não podemos divulgar notícias que não foram verificadas, pois a margem de erros é muito grande. Precisamos encontrar a fonte correta, saber se aquela informação que chegou até nós é verdadeira e aí, com essa checagem de informação, teremos a percepção se realmente aquilo é notícia para que possamos aprofundar e, é claro, elaborar esse trabalho para apresentar ao público”, explicou.
Wal Oliveira, sócia-proprietária da WComunicação, ressaltou que independentemente de onde você esteja atuando como jornalista, seja em uma assessoria de comunicação, seja em uma redação de jornal seja na Tv, rádio; enfim, não tem como pensar na atividade sem pensar na sua responsabilidade social. “Nossa atuação tem que estar pautada no interesse público. Para pensarmos em interesse púbico temos que pensar na sociedade. O exercício profissional exige do jornalista compromisso com o interesse publico, com o trato com a informação, um zelo, na área de atuação. O próprio código de ética da profissão diz que a responsabilidade social é inerente à atividade jornalística”, disse.
Para Roberto Souza, diretor de jornalismo da TV Record, a responsabilidade não mudou ao longo do tempo. Ela continua sendo uma responsabilidade dirigida para a busca da verdade, a verdade factual. “Hoje me parece que essa responsabilidade aumentou muito, pois se tem muita gente contando coisas que podem ser verdadeiras, mas nem sempre são. Isso obriga o jornalista a ter um recorte quase científico da busca pela verdade. Não basta participar de uma entrevista. A entrevista é onde não existe a notícia, ela não está onde uma coletiva foi marcada. Quando alguém marca uma coletiva, ele quer impor sua ideia para a mídia. Não é necessariamente aquilo que o público precisa saber sobre o que ele conta. O jornalista tem que ter discernimento. É preciso valorizar primeiro, toda a plataforma tecnológica que tem a sua disposição, mas só isso não resolve, se não, nós teríamos um mundo transparente. É necessário saber recortar, analisar dados, ler entrevistas, ouvir, avaliar as respostas e se preparar pra responder”, definiu.
“O evento foi muito útil. Conversar com profissionais é sempre muito produtivo e estimulante. Desperta-nos mais interesse e motivação para que possamos sentir-nos preparados para o que nos espera no mercado de trabalho”, disse a aluna Rennata Duarte, do 3º período.