Docente participou do XIV Encontro Nacional de Microbiologia Ambiental
Docente participou do XIV Encontro Nacional de Microbiologia Ambiental
Entre os dias 22 e 24, foi realizado o XIV Encontro Nacional de Microbiologia Ambiental (ENAMA) 2014. Representado a Universidade, o docente do curso de Engenharia Ambiental, Prof. Dr. Flávio Moraes, apresentou no Encontro um trabalho que comprova que cepas bacterianas da espécie Escherichia coli, oriundas das principais praias de São Luís, são resistentes a antibióticos e metais pesados. O evento foi realizado no Centro de Convenções do Hotel Tambaú, em João Pessoa –PB.
O trabalho intitulado “Resistência a metais pesados, antimicrobianos e formação de biofilme em cepas de Escherichia coli isoladas de praias de São Luís – Maranhão” é produto da Monografia do aluno egresso de Engenharia Ambiental, André Luiz Raposo Barros, e foi recentemente publicado na Revista de Patologia Tropical.
Os resultados apresentados são oriundos da parceria com a Dra. Patrícia Maria da Silva Figueiredo e do estudante, que na época (2009-2010), abraçaram a causa de realizar um levantamento da qualidade das águas das principais praias do município de São Luís, a balneabilidade, e depois caracterizar o fenótipo e genótipo de isolados bacterianos obtidos de seis pontos de monitoramento, com apoio financeiro da Universidade Ceuma e da FAPEMA.
Os autores afirmam que, nas praias de São Luís, foram detectadas E. coli enteropatogênicas, provavelmente oriundas de contaminação fecal humana devido à emissão de efluentes não tratados. “A presença de bactérias com múltiplos perfis de resistência a antimicrobianos e a metais pesados, e com capacidade de produção de biofilmes, pode representar riscos para saúde pública e constituir um fator de disseminação destes microrganismos para os outros organismos, proporcionando alterações diretas na ecologia das comunidades presentes neste ecossistema”, explicaram.
Eles ressaltam a importância da sociedade cobrar dos órgãos competentes a melhoria na coleta, captura e no tratamento de resíduos (sólidos e/ou líquidos), como determinam a Politica Nacional de Saneamento Básico e a de Resíduos Sólidos. “Isto diminuiria a poluição de córregos e/ou rios na ilha e, consequentemente, a dispersão destes poluentes/contaminantes para as praias, principalmente no período chuvoso. Os nossos dados mostram efetivamente a presença de microrganismos que representam riscos à saúde pública, como a E. coli do tipo EHEC, aliado aos fatores de resistência”, destacaram os autores.
Confira a publicação do trabalho na Revista Patologia Tropical aqui.