Estudo visa a melhoria da qualidade de vida da terceira idade por meio de melhorias no Design e na Iluminação Residencial
Melhorar a qualidade de vida de pessoas de terceira idade e a sua relação com a reorganização dos espaços e da iluminação de suas residências é a proposta do projeto desenvolvido pelas alunas do curso de Design de Interiores, do 5° período, da Universidade Ceuma, Gylnara Almeida e Mariana Rocha. O estudo faz parte do Núcleo de Pesquisa em Sistemas e Tecnologia da Informação da Instituição (NusTI), orientado pelo Prof. Dr. Will Almeida.
O trabalho tem como objetivo analisar a relação entre a melhoria da qualidade de vida das pessoas da terceira idade e os critérios para elaboração de projetos de iluminação e design de interiores apropriados.
Partindo desse estudo, será possível levantar informações relevantes sobre as reais condições de iluminação e layout (disposição dos móveis) dos ambientes residênciais dos idosos e como propostas simples de melhorias de iluminação e de reorganização do ambiente residencial pode garantir uma melhor visualização e acessibilidade com o intuito de evitar e/ou reduzir acidentes domésticos bem como os esforços desnecessários de forma a propiciar a este uma melhor qualidade de vida.
Segundo a acadêmica Mariana Rocha , o projeto foi desenvolvido inicialmente para o público da terceira idade, entretanto, poderá ser utilizado da mesma forma para o público que necessitar da correta utilização da iluminação de interiores na redução dos déficits visuais e, consequentemente, na prevenção dos acidentes domésticos.
Como funciona
A aluna Gylnara Almeida explicou que, uma vez definido o idoso, parte-se para uma entrevista com a utilização de um questionário contendo 10 questões com o intuito de analisar as dificuldades visuais e de acessibilidade que o idoso enfrenta no seu dia a dia. Com base nestes dados e com uma pesquisa de campo, onde serão coletadas as informações de iluminação e de layout deste ambiente, será realizado um projeto luminotécnico, onde irão ser indicados os pontos de instalação de luminárias e tipos de luminárias a serem adotadas, adequando o ambiente à intensidade de lumens, e de reorganização do layout residencial. Todo esse trabalho busca propiciar ao idoso bem-estar com maior segurança e maior conforto e uma maior independencia em sua residência.
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O orientador explanou que foi possível verificar que a iluminação em um determinado ambiente não era uniforme e poderia gerar vários pontos de sombra que prejudicariam as atividades como deslocamentos, os hábitos de higiene e as ações de leitura e vestir. Dessa forma, um exemplo seria adicionar uma ou mais luzes guias instaladas entre o quarto e outros cômodos, acionada com sensor de movimento. Assim se poderia melhorar a segurança e a orientação do idoso quando este se levantar à noite para ir ao banheiro, por exemplo.
“O Brasil é um país que esta envelhecendo muito rapidamente comparado a outros países e temos o desafio de dar atenção a essa população principalmente em relação aos problemas associados a idade (visão funcional e mobilidade). A ideia é atender a esse público de forma a diminuir a ocorrência de acidentes (quedas, cortes, esbarrões, etc..) que tem acarretado a perda de autonomia funcional, independência e qualidade de vida”, disse o Prof. Dr. Will Almeida.