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Universidade Ceuma

A única universidade particular do Maranhão. Bem avaliada pelo MEC e pelo mercado de trabalho

30 de agosto de 2016, 14:54 - Por Vera Alice Pereira Moreira Lima

Tributo ao pioneirismo da família Bacelar

Em   solenidade para cem convidados, na sexta, 26 de agosto, a Universidade Ceuma inaugurou, no Campus Renascença,  a Praça Bacelar. A homenagem aos irmãos Raimundo, Magno e Afonso Duque Bacelar resumiu a importância de um dos mais audaciosos empreendimentos comandados pela família: o Sistema Difusora de Rádio e TV, que em 1963, instalou o imponente transmissor  de 20 kwat,  129 metros de altura e 120Km de alcance.

A antena funcionava exatamente no local da praça recém-entregue e deu à Difusora o status de primeira do Maranhão e quarta do Brasil no modelo comercial.

“A Difusora foi tão significativa, que na inauguração vieram oito governadores, ministros de Estado e até o presidente JK. Acima dela, só os Diários Associados.  Magno Bacelar foi o nosso Assis Chateubriand ”, declarou Moreira em um dos discursos da noite.

O evento foi prestigiado por senadores e deputados, professores, coordenadores de cursos e gestores do Grupo Ceuma. Na fala de abertura, o reitor, Prof. Saulo Martins, ressaltou o simbolismo da noite   e o valor de resgatar a história para as novas gerações.

Antes do descerramento da placa ao lado da presidente do Grupo Ceuma, Ana Lúcia Fecury,   o homenageado Magno Bacelar, na última fala da noite, afirmou: Sem cultura,  sem conhecimento,  que são a matriz dessa universidade, não teríamos sido tão corajosos. Para qualquer geração, o importante é o saber”.

O senador Mauro Fecury e o presidente do Grupo Ceuma, senador Clóvis Fecury, supervisionaram pessoalmente a homenagem ao amigo Magno Bacelar, representando   a família. Além de três audições do Coral Ceuma, com regência da Professora Lúcia Alvino   e acompanhamento da pianista Adriana Soraia, houve ainda exibição do documentário “ Telecomunicação no Maranhão”, produzido pelo MAVAM (Museu da Memória Áudio Visual do Maranhão) com cenas do dia-a-dia da antiga Difusora.

SEMENTE DE OUSADIA

“Antes era  mato e mangue, depois uma antena de tv e hoje, uma grande universidade”. Com as aspas, Carlos Magno Duque Bacelar assinalou uma contida   emoção pelo reconhecimento ao legado da sua família, marcado por ousadia, tino comercial e senso de oportunidade.

Empresário influente e político de peso (chegou a deputado federal),  Magno  trabalhou  ao lado de dois dos dez irmãos,  Afonso Augusto  e Raimundo Emerson,   o mais velho e mentor do Sistema Difusora,  inspirado pela sua experiência como diretor da então estatal Rádio Timbira.

Família  de Coelho Neto, herdou 180 mil hectares onde a cana-de-açúcar foi cultivada pela primeira vez no Maranhão. Do canavial, partiram   para   a Itapirema,  inédita cooperativa agrícola que reuniu  20 mil agricultores familiares.  “Foi a forma de torná-los proprietários, eles colhiam, vendiam para a usina e com o lucro compraram seus sítios”, relembra Magno.

Começou assim o Grupo Bacelar, que no apogeu, chegou a empregar mais de cem mil funcionários em empresas que iam de construção civil, celulose e papel, destilaria, agropecuária e beneficiamento, banco e telecomunicação.“Pela Difusora, o Maranhão ficou conhecido no Brasil, sem saber abrimos quarenta anos de prosperidade nesse Estado”.